Poesia #1 Cantiga quase de roda, por Thiago de Mello

Oi corujinhas... eu estou com imensas saudades de vocês, de visitar os blogs gostosos e fofos que leio sempre, mas o tempo não está colaborando. E não é a falta dele, é ele em si. Ainda não me adaptei ao horário de verão, apesar de curti-lo. Esses dias parece que estou dando passos pra trás, é esquisito, mas é assim  que me sinto. :S cadê coragem?? E só de lembrar que nesse final de semana irei prestar o ENEM, já me deu uma canseira... 

Enfim, hoje trouxe uma poesia para vocês. Convivo num ambiente propicio e de incentivo a esse tipo de expressão, então sempre leio uma que me impacta, me encanta, ou me faz sorrir. Não vou falar sobre ela, por exemplo fazer uma análise, pois a meu ver cada pessoa lê e entende uma poesia conforme sua bagagem cultural, seu humor do momento... 

Só uma coisa vos falo: Não deixem adormecer a sua criança interior. 

Cantiga quase de roda - Thiago de Mello

Na roda da vida

lá vai o menino

trazendo contente

um canto no peito

na fronte uma estrela.

Mal chega e descobre

que o mundo é feroz

e o tempo é de sombras.

Os homens caminham

calados, sozinhos,

com medo de amr.

De pena, o menino

começa a cantar.

(Cantigas afastam

as coisas escuras.)

Porquanto ele sabe

que os homens, embora

se façam de fortes,

se façam de grandes,

no fundo carecem

de aurora e de infância.

Na roda do mundo,

ao lado dos homens,

lá vai o menino

rodando e cantando

seu canto de amor.

Um canto que faça

o mundo mais manso,

cantigas que tornem

a vida mais limpa,

um canto que faça

os homens mais crianças.

O menino entrega ao mundo

o dom da sabedoria

que nasce do coração.

Porque é de amor e de infância

que o mundo tem precisão.

Beijos no coração!